Bárbara Corrêa

Essa é a história de Joãozinho, menino de 7 anos de idade que morava com sua mãe e seu pai.

Todo o dia o seu pai o levava para a escola e a sua mãe o buscava. 

A noite, pai e mãe se revezavam para lhe ajudar nas tarefas.  

Porém, o que Joãozinho nem imaginava, era que papai e mamãe estavam prestes a se separar e papai já estava até vendo outra casa… 

Havia acordo quanto a separação, ambos entendiam que essa seria a melhor alternativa, porém, o que papai e mamãe não previam é que eles não entrariam num acordo sobre a pensão do Joãozinho, o que daria início ao processo judicial.

Agora, um terceiro que terá que definir o que é melhor para o menino. 

Os sintomas do processo judicial e da disputa já começam a aparecer, agora  é somente a mãe de Joãozinho que o leva e busca na escola, já que o sr juiz disse que o papai poderia lhe visitar em finais se semanas alternados.  

As tarefas escolares que antes era revezadas entre pai e mãe, passam a ser feita quase que prioritariamente pela mãe.  

Joãozinho, que estava acostumado  a ter o afeto diário de ambos os seus pais, passa a morar com a mãe e a visitar o pai.

E sem perceberem, pai, mãe e juiz criam um cenário onde nasce a sensação de perda do pai e Joãozinho começa a sofrer o luto do pai vivo, ou seja, sensação de perda do pai que ainda está vivo.  

Essa história, embora fictícia, reflete um cenário muito comum nos processos judiciais que há disputa de guarda, pedido de pensão alimentícia e regularização de visitas, onde passa a se instaurar uma divisão de papeis em que de um lado há um guardião e administrador da pensão e de outro um pagador de pensão e- visitante esporádico. 

Importante refletirmos que a guarda compartilhada veio com o intuito de acabar com o cenário mostrado acima, porém ter guarda compartilhada apenas formalmente e não haver o equilíbrio de convivência dos pais com o filho, em nada adianta.

Uma vez que o que causa a sensação de perda do pai é a sua ausência nos momentos importantes da vida da criança. 

Quem me acompanha sabe que eu acredito que sempre que possível, se deve conciliar.

Digo sempre que possível, porque não se pode conciliar a qualquer custo, o acordo tem que ser um jogo de ganha x ganha, sem que ninguém precise perder. 

E, na minha opinião, não há justiça se ao final de longos 3 ou 4 anos de discussão Joãozinho sentirá no seu corpo e na sua mente as consequências do luto do pai vivo. 

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Caso queira ver outra história fictícia como esta, leia meu texto: “O amor de Conto de Fadas”.

Está preparado(a) para encontrar uma solução para essa etapa da sua vida?